quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Bom natal e bom ano novo

Estamos Chegando a 2012. Esta findando 2011. E o que será de nosso próximo ano?
Ano novo de eleições. Passando um olhar pela cidade, estado e país. O que vemos são obras que beneficiam empreiteiras; e isso traz proveito à maioria da população? O governo local e estadual ou Nacional melhorou o transporte público, o serviço de saúde, a rede educacional, o saneamento? Nossas escolas não estão sucateadas? Nosso bairro tem um bom sistema sanitário, as ruas são limpas, há áreas de lazer? O período das águas se aproxima e as obras para contenção de cheias foram realmente efetivadas? Os condomínios residenciais que proliferaram em nossa cidade foram acompanhados da devida infra estrutura, como mobilidade, creche, postos de saúde? Nós temos a oportunidade de participar do debate sobre o orçamento municipal? Os políticos de nossa cidade, em quem votamos têm desempenho satisfatório? Criaram projetos relevantes para nossa cidade? Que projeto você conhece que tenha a autoria de nosso deputado estadual? Como foi a atuação dele na Comissão da Educação? É bem da cara de um governo que não sabe o que fazer construir penitenciária e não salas de aula. 
Em política, ser tolerante é ser cúmplice com maracutaias. Chega. Voto é delegação e, na verdadeira democracia, governa o povo através de seus representantes e de mobilizações diretas junto ao poder público. Quanto mais cidadania, mais democracia.
Que esse ano que se aproxima seja de qualidade de vida. De menos ansiedade e mais profundidade. O pólo de referência para nós professores, em torno do qual precisamos nos unir, é somente um: o direito a uma escola de qualidade para nossos alunos, chega de escola pobre para os pobres.
Lembremo-nos sempre: "Hay que endurecer-se, pero sin perder la ternura jamas" 
E que esse ano que se aproxima seja melhor que o que esta findando.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Um outro mundo possivel

"Os poderosos não temem os pobres, temem os pobres que pensam. (...) os que não amam a democracia querem o povo ignorante para poder continuar a tratá-lo como massa de manobra e impedir que busque seus direitos e viva sua cidadania" (Eduardo Galeano).

As palavras de ordem são energia, dignidade, entusiasmo (do grego en + theos, literalmente 'em Deus') ou ter deus dentro de. Foi isso que vi naqueles dias em que nos encontrávamos nas assembléias regionais ou estaduais. Foi isso que vi nas passeatas pelas ruas de Florianópolis, aquelas manifestações foram testemunhos de que viver vale a pena ao lado de companheiros tão briosos.  E quando falo de viver completo que vivemos em um mundo (momento) que esta gestando outro. Temos vivido um momento infame, mas que está gestando um outro mundo possível, e que será de parto complicado, difícil, pois foi gestado em momentos que amargamos derrotas consideráveis, derrotas terríveis.
É um mundo que pode ser que existe dentro de um mundo que é. Que foi gestado, engravidado em cada uma de nossas manifestações. Os quase vinte mil professores reunidos na assembléia que me arrepia até agora são prova disso.
É de parto complicado? Sim é.
Ai muitos nos perguntam, mas então e como será? O que será da categoria? O que será do SINTE? É possível outro greve com as mesmas proporções?
A mim pouco me importa o que vai acontecer, me importa o que está acontecendo, me importa o tempo que é, e o que  esse tempo anuncia, que existe um outro mundo possível, e nisso acredito. Mas como será? Isso não sabemos.
Vivemos em um mundo as avessas, que recompensa aqueles que nos espezinham, como é o caso dos deputados que aprovam para si Brasil afora gordos salários e nos ficamos com os míseros R$ 1187,00 e ainda brigamos e temos uma classe desunida em função dessa migalha.
É na verdade um mundo de merda, mas não é o único mundo possível. E a prova disso foram as nossas manifestações. Há um outro mundo e nós já o estamos construindo.
Então podemos afirmar que esse mundo de merda está grávido desse outro mundo possível.
E pode ser diferente sim. Se aproxima mais um ano eleitoral. E a pergunta é: vamos votar de novo nesses merdas do DEM, PSD, PMDB, PSDB,?
Foram eles que nos espezinharam. Esses políticos de merda.
Assim quando se aproxima mais um fim de ano e estamos cansados, abatidos, sem vontade de lutar. Eu pergunto – de que adianta viver se não temos esperança?
Como disse o Cel Koglin, Cmt do 10º BPM ; se continuarmos de cabeça baixa e sem entusiasmo estaremos " ENXUGANDO O CHÃO COM A TORNEIRA ABERTA". Ta na hora da mudança, existe um outro mundo possível esperando para nascer. Um grande abraço aos companheiros da luta um ótimo natal, e que o ano que vem seja o de um outro mundo possível.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

E agora a reposição

Mais uma vez estamos nós (comunidade escola - pais, alunos, professores e direção) diante do impasse, temos de fazer a reposição, mas muitos dos pais falam que já estão com as férias e viagens programadas, outros como prêmio para o filho que tirou boas notas pretende deixá-lo em casa, a esses eu digo não venham mesmo para a sala de aula, até porque as notas já estão fechadas e a grande maioria aprovados, e mais não serão esses 4 ou 5 dias de reposição massante de aula com um professor apenas que vai aumentar o conhecimento de seu filho, na verdade esse processo de reposição é mais um castigo pelos dias parados numa queda de braço entre professores e esse pretenso e pseudo governo, no entanto para aqueles alunos que por ventura decidirem vir para a escola tenham a certeza que terão aula mesmo, com atividades no meu caso em Geografia e muito aula de cidadania falando do processo de como foi essa luta entre professores e a politicagem do governo, bem como preparando-os para as eleições municipais que se aproximam para que não caiam em mais mentiras dos candidatos desses que estão no poder e que agarrados a esse poder querem permanecer, pois o poder significa mais verba que pode ser desviada, como foi a verba do jogada pela janela com o projeto Série WEB que prometia que os professores lançassem as aulas e notas direto na internet facilitando a visualização para os pais e toda a comunidade escola, no entanto isso não funcionou até hoje, ou ainda a questão dos uniformes onde são gastos horrores, um uniforme de baixa qualidade e feio que nossos alunos se negam a usar, ou ainda o podemos mencionar toda a dinheirama gasta com a merenda escolar, onde a verba vem para todos os alunos mas é paga apenas para  os alunos que se alimentarem. Merenda que é negada aos professres pois eles recebem o vale coxinha.
Enfim são tantas as falcatruas que não vai faltar assunto nesse período para os alunos que vierem para essas aulas de reposição.
Portanto pai se você decidir mandar seu filho para os dias de reposição, venha você também e será muito bem vindo, para nós dicutirmos um projeto sério de educação para seu filho para o ano que vem, quem sabe nesses dias nós comunidade-escola formada por professores, pais e filhos possamos dicutir com seriedade o PPP (Projeto Político Pedagógico) e rever situações em que possamos melhorar a relação professor-aluno-comunidade.
Um abraço e até os dias da reposição.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Greve do magistério público de SC para 2012 - Ato 1

Saiu no DC no dia 23 a seguinte matéria 
O ano de 2012 poderá começar com greve no magistério estadual catarinense. Pelo menos é o que sinalizou nesta terça-feira o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/SC), em Florianópolis, ao se manifestar sobre o reajuste de 8% oferecido pelo governo a todos os servidores.

Na avaliação do Sinte, ainda ficará faltando 16,68% de aumento no vencimento dos servidores da educação para se chegar ao piso nacional determinado pelo Ministério da Educação e pelo Supremo Tribunal Federal. Uma assembleia estadual, na primeira quinzena de dezembro, decidirá os rumos que a categoria irá tomar.

Quando comentei a matéria na sala dos professores de minha escola - Euclides da Cunha em Nereu Ramos, foi um misto de medo, insegurança e descrédito. 
O medo de alguns professores diante de possível greve e a insegurança de que rumo tomarei, pois existe um grupo muito unido e as por demais aguerrido na arte da greve.
A insegurança, pois sabemos do que esse pretenso governo que a cada problema que acontece na esfera estadual (leia-se ameaça de greve) ele pega seu avião e vai para a  europa, tipo assim não tô nem ai, fica usando a filosofia da vaca, "cagando e andando" e é esse mesmo que virá com os seu pedir votos em nossa porta para seus candidatos a prefeito (a)  e vereadores.
Descrétido, alguns professores e diretores ainda acreditam que esse pseudo governo que se encontra lá em Florianópolis tem boas intenções, e quer o melhor para a educação de SC, assim não acreditam que seja possível que de novo "esses" professores entrem em greve.
 Depois de ouvir dizer, pois não estava lá, que o sr. Deschamps e a (Elizete Melo) "mãezinha" das AEs dizer que os professores, diretores, AEs e ATPs são burros que não entendem de lei, está na hora de mostrar a essa corja de FDPs que entendemos sim de leis, se necessário for temos de nos organizar e trazer especialistas em lei para orientar nossos professores na regional local. 
Se nós enquanto base da categoria não nos organizarmos e mostrarmos a esse covil de lobos vestidos de vovózinhas que não somos galinhas mas sim águias, lembrando Leonardo Boff, nós vamos iniciar uma greve já declarada perdida. Sugiro que não fiquemos esperando, pois mesmo entre os líderes do sindicato a nível estadual a joio misturado em nosso trigo.

"Instruí-vos, porque precisamos da vossa inteligência. Agitai-vos, porque precisamos do vosso entusiasmo. Organizai-vos, porque carecemos de toda a vossa força".
(Palavra de ordem da revista L'Ordine Nuovo, que teve Gramsci entre seus fundadores) 
"Há instantes em que somos senhores do nosso destino."
(Shakespeare)

"Nada deve parecer natural. Nada deve parecer impossível de mudar."
(Bertolt Brecht)  
"Há homens que lutam um dia e são bons,
Há outros que lutam um ano e são melhores,
Há os que lutam muitos anos e são muito bons,
Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis."

(Bertolt Brecht)

"De nada valem as idéias sem homens que possam pô-las em prática." (Karl Marx)
Se esses imperativos não nos impulsionam a lutar pelo que é nosso por direito, então devemos mudar de profissão, vamos ser pedreiros, profissão que eu considero extremamente honrada e que hoje paga muito mais, é só acessar o concurso de Massaranduba que você vai descobrir.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pulando etapas


"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino".
( Paulo Freire )
Conta-se que certa feita, determinado vigário se dirigiu a uma comunidade para realizar uma missa e por ser uma comunidade muito isolada em longínquo povoado, quando lá ele ia, realizava todas os sacramentos necessários aos paroquianos isolados. Lá chegando, foi se organizando e dispondo os santos objetos de cada sacramento que por ventura se fizesse necessário, e na hora marcada para a missa se pôs a porta da capela a esperar. De repente eis que vem chegando um caipira, acomoda seu pingo num galho de roseira seca e vai se encostando a parede esperando pela missa. O tempo foi passando e não chega ninguém mais, então o padre se dirige ao paroquiano e pergunta a este que até o momento só observava e nada falava: – Mas bah! Será que não vem mais ninguém? Ao que o capiau responde: – Pois olha seu padre, eu não sei muita coisa, sei mesmo é tratar vaca, o senhor é que deve saber mais. O padre então se impõe e comenta: – Muito bem, então vamos fazer o seguinte, vamos esperar um pouco mais e assim que o restante do povo chegar nós iniciamos a missa. Passaram-se de 30 a 45 minutos e como ninguém aparece o padre comenta de novo: – Bom já que ninguém apareceu vamos dar por encerado e marcamos outra data. Pode ser? O caipira responde: – Olha seu padre, eu não sei muito das coisas, entendo mesmo é de tratar vaca, mas se eu for tratar as vacas num dia de manhã e só vier uma vaca para o estábulo para ser tratada, eu garanto para o senhor que vou tratar essa que apareceu. O padre percebendo a lambada que acabava de receber do caipira decidiu então realizar a missa para um paroquiano só, e começou desde a criação de Adão e Eva passou pelo Êxodo, a travessia do Mar Vermelho, o Pentateuco e os reinados de Davi e Salomão, chegou nos profetas que anunciavam a vinda do Messias, o nascimento e morte de Jesus o Novo Testamento todo. Duas horas e meia depois, onde o caipira só ouvia atento,  tipo coruja, não fala nada mas presta muita atenção. Depois de todo esse tempo o padre ainda não satisfeito com o comentário anterior do caipira, comenta: – Então, gostou? Que tal achou da missa? E do sermão? E a exposição das sagradas escrituras? O caipira depois de muito tempo calado então fala: – Olha seu padre, eu não entendo muito das coisas, eu sei mesmo é tratar vaca, mas uma coisa eu garanto para o senhor,  se eu for tratar as minhas vacas e aparecer apenas uma delas, eu não vou dar o pasto todo de uma vez só.
Creio que deve ser assim na escola, educação é processual cada coisa a seu tempo, cada etapa tem de ser vivenciada intensamente, cada aluno tem seu tempo de aprender e não tem sido entendido dessa forma, a questão educacional em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina e no Brasil, haja visto as situações que se apresentam.
Enumerando as situações com as quais não concordo e justificando:
Tapando sol com peneira – sou professor de Geografia séries finais/ensino médio e tenho presenciado a chegada de alunos cada vez menos preparados ou com os conceitos mínimos e mais elementares deficitários. A que se deve isso? Em algum momento do processo ensino-aprendizagem alguma ou muita coisa faltou.
Pensa bem, a situação é a seguinte: o professor tem apenas 40 minutos de aula, chega e tem de acomodar a turma que está toda na porta ‘’recepcionando ’’ o professor, tem de fazer a chamada, que pasmem estamos no século XXI e ainda fazemos a anotação da presença em papel, pois o estado que deveria providenciar esse processo virtual, gastou um enormidade de nosso dinheiro com uma empresa que deveria nos dar essas condições e a empresa literalmente comeu nosso dinheiro e foi embora sem prestar contas e nós como sempre permanecemos calado diante desses desmandes desse pretenso governo. Bom voltando a vaca fria entre a troca de sala, acomodar aluno e fazer a chamada, gastamos em torno de 10 minutos, só nos resta então 30 minutos por aula. Como então acontece esse milagre? Eu respondo: no conselho de classe quando os diretores a mando das secretarias de educação já avisam: – nosso índice de reprovação não pode passar de tanto.
Se fizermos uma comparação com as escolas particulares onde os alunos tem 50 minutos de aula e 29 aulas semanais e não 25 como no estado numa conta simples chegamos a seguinte conclusão:
São 10 minutos por aula multiplicado por 5 aulas por dia que resulta em uma aula a mais por dia some então essas 5 aulas semanais acumuladas nas sobras de dez minutos cada aula com as 4 aulas a mais por semana temos então 9 aulas a mais por semana.
Se considerarmos que 200 dias letivos tem numa conta simples e posso estar errado, em torno de 40 semanas de aula multiplicando 40 x 9 teremos 360 aulas, isso significa que as escolas particulares tem 360 aulas a mais que as escolas públicas, o que significa admitirmos que temos escolas pobre para pobres. O que deverá manter o processo de divisão de classes.  
 É claro que vamos ouvir um monte de desculpas como por exemplo: O aluno não tem incentivo em casa; Ele, o aluno, tem uma babá eletrônica; Os pais não dão limites; Aquilo que é moda “esse menino é hiperativo” e por ai vai. O detalhe é, somos professores e temos de conviver com todos esses viés e temos de resolvê-los ou mudamos de profissão. Mas o que não podemos negar é que nossos alunos tem progredido nas séries com conhecimento deficitários. Isso é verdade e todos sabemos então como nossas escolas tem um índice de aprovação tão alto, ou seja o Estado de Santa Catarina consegue fazer milagre, tem uma das menores carga horária no Ensino Médio do Brasil e no entanto uma das melhores taxas de aprovação. Dados ou ações manipulados? A cada ano é uma nova fórmula para facilitar ainda mais a aprovação, ou seja os diretores vão nos dizer é o sistema, e eles tem razão é o sistema que está estruturado para fazer filhos de operários continuarem a fazer apenas ensino médio, ou técnico/ensino superior, claro os cursos mais baratos e que preparem ou façam novos operários que serão mandados pelas mesmas famílias que sempre estiveram no poder.
Situação da greve – a questão da greve em nosso estado nesse ano só veio agravar ainda mais esse processo que ao meu ver não foi observado pelo governo uma vez que não deu a devida atenção desde o momento que entrou com a ADIN. Um governo corrupto, inescrupuloso, e sem a menor preocupação com a criação de uma comunidade crítica e sujeito de sua história.
Efetivação não é sinônimo de incompetência ou inoperância – é triste, mas observamos uma leva de professores que uma vez efetivos não buscam mais inovação e pensam que o fato de serem efetivos podem ser inoperantes, e somam as ações do governo criando uma escola pobre para pobre, pois devido a todas as circunstâncias, tempo de aula diminuído, falta de equipamentos eletro-eletrônicos em sala, ambiente virtual precário, ministram aulas pobres para pobres.
Ensino a distância – temos assistido a uma proliferação de universidades virtuais em todo o Brasil, com o aval do Ministério da Educação, que tem aceito essa situação, pois através dela a certificação tem acontecido a rodo. E qual o resultado disso? Professores mal preparados tem entrado em sala de aula como ficou evidenciado no item que nominei de “tapando sol com peneira” e como resultado alunos pouco ou muito mal preparados para resolver problemas, e no sentido inverso criam problemas.
Solidão pedagógica – somado a todas essas situações vejo situação da solidão pedagógica vivida pelas pessoas que se predispõe a ajudar ou fazer projetos para melhorar os índices escolares. Quem são essas pessoas? As Assistentes Técnicas Pedagógicas, principalmente, pois sei de fonte segura que muitos (as) deles tem projetos muito bons e nem sempre lhes é dado a devida atenção ou aceitação, pois muitos de nós professores nem sempre estamos abertos a aceitar a intervenção de outros em “nossas aulas”, entre aspas pois penso que se a aula é nossa devemos levá-las para casa ou então mantê-las dentro de nossas pastas, mas se a aula é do aluno que está esperando por algo diferente então que tal aceitar a novidade e melhorarmos a aula.
Procuremos então trazer uma paz inquieta que nos mova a ensinar ou aprender dependendo da situação, e estar aberto a situação de ensinante ou aprendente. Mudando essa situação, e inúmeros podem ser as formas de mudar isso que nos rodeia, comecemos dando um troco nas urnas do ano que vem.  

domingo, 6 de novembro de 2011

O que me preocupa

E o ano se perdeu, é triste observarmos, mas é exatamente isso que ouvimos nos corredores de nossas escolas. Que motivo me leva a dizer isso nesse blog? O fato de viver essa situação.Nos últimos dias temos realizados aos sábados, domingos e feriados a “reposição de aulas”, estamos repondo os dias parados em função da greve. Mas de fato existe a reposição das aulas dos dias parados? Respondo: não de fato não existe reposição das aulas perdidas, pode até haver reposição dos dias parados, mas não reposição das aulas. Quem é o culpado? Eu não diria que existe um culpado, mas vários culpados, e vou enumerá-los, juntamente com uma pretensa justificativa.
1 – O governo, na pessoa de Raimundo Colombo, que com sua intransigência, ingerência, falta de vislumbre do futuro, herdou de seu antecessor uma greve anunciada a mais de dois anos. Um governo sem governo, que havia prometido quando da época de sua eleição colocar técnicos em cada área da administração dos serviços a população e não cumpriu com a palavra, aliás essa foi a tônica de sua administração, não cumprir com aquilo que prometeu. Só pra ter uma idéia, na educação ele colocou um engenheiro sanitarista, talvez para vir fazer merda na educação, desculpe caro leitor o termo chulo.
2 – O Sindicato, que ficou entre a pelegagem e a chinelagem total, quando não manteve a postura de defesa da categoria, quando não ouviu a base que estava disposta a endurecer com as atitudes do governo, quando foi partidarista e deixou que determinada Senadora viesse aqui e vendesse nossa greve, quando sem consulta a base muda local de assembléia para tentar manipular resultados.
3 – Os políticos, que em sua maioria não sabe a etimologia dessa palavra, que vem do radical grego "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), muitos de nossos deputados não sabem nem o que significa etimologia, quanto a etimologia de uma palavra. E ainda são indicados para presidirem a comissão de educação. Não sabem que sua candidatura pertence ao povo e nesse caso entenda-se povo como os alunos e a comunidade escolar como um todo, que ficou dois meses sem aula por falta de postura desses que deveriam legislar pelo bem comum e não o fazem, mas advogam em causa própria já pensando na próxima eleição, não gostaria de pensar que muitos de meus colegas professores vão entrar nesse barco e remar para o lado do poder.
4 – A comunidade escolar, que inerte a tudo o que acontecia, aceitava a fala da mídia e acreditava que aquela era a verdade, e quando tomou uma atitude numa dita associação de pais pressionou os professores que já cansados dos tratamentos dispensados pelo governo e representantes sindicais acabaram voltando a sala sem muitos ganhos.
5 – As SDRs as Secretarias de desenvolvimento local, quando não se posicionou pelo que é justo e correto de acordo com a lei, nós professores só queríamos ver cumprido aquilo que estava estipulado em lei. Mas os gerentes de educação não tomaram postura, nem defenderam a luta pelo melhor para a comunidade escolar, pois foram e são na verdade Lobo Mau vestidos de Vovózinha, ao bom entendedor meia palavra basta, e vai entender o trocadilho.   
6 – Os professores; não podemos nos eximir de nossa culpa, mas entendam nesse momento de minha fala e não me entendam mal, mas penso que somos também culpados quando levamos tanto tempo para nos posicionar contrário a esses dois governos que se sucederam e que no total vão durar 12 anos, serão no final 12 longos anos de opressão e não avanço na categoria dos profissionais da educação. Sugiro que façamos um ato de repúdio na próxima eleição, boicotando esses que nos traíram em momento tão crucial de nossa luta.

sábado, 15 de outubro de 2011

Dia do professor

Quando eu era pequeno, bom até hoje não cresci muito, mas isso não vem ao caso, quando era pequeno e frequentava a escola, meus pais sempre me avisavam: "se você aparece aqui em casa com bilhete pedindo nossa presença na escola, por causa de desrespeito ao professor você apanha, depois nós vamos ver se você tem razão ou não conversando com a professora", e se a gente tivesse errado meu pai nos puxava o matambre de novo, tempos bravos, hoje os tempos são outros. Professor é uma categoria desacreditada, pode ser que naquele tempo em que meu pai nos cortava de laço se faltássemos com respeito aos nossos professores eles talvez não ganhassem o salário que mereciam, mas ao menos uma coisa a gente tem certeza eles eram respeitados na comunidade, eram amados e consultados, e hoje, nada temos a comemorar nesse dia, não temos um salário digno, não temos o repeito de nossos alunos (alguns), a fala que ouvimos é o professor não pode constranger o aluno, mas o aluno pode deixar o professor em situação vexosa, mandar o professor para aquele lugar; nossos governantes nos agridem quando nos manifestamos, o supremo leva dois anos pra votar algo em favor de nossa categoria, os deputados em questão de minutos rasgam um plano de carreira que foi conseguida a duras penas ao longo da luta histórica da categoria. E mais nossa categoria que deveria sair unida dessa última greve, saiu partida ao meio ou em mais subgrupos, que era exatamente o que esse pretenso governo queria e conseguiu. Por isso nada temos a comemorar, só a lamentar.

Não temos certeza da garantia de nosso piso salarial integral, e agora mais uma situação ameaça nossa categoria: a municipalização do ensino até o nono ano, já começou em Guaramirim, e corria o risco de ser efetivado, porem alguns vereadores daquele município tiveram a atitude correta de questionar e realizaram um forum, a suposição que nós deveríamos fazer é a de que a maioria dos professores que serão atingidos pela municipalização se fizeram presentes, mas foi justamente o contrário, uma minoria presente, talvez 20 pessoas contadas as que foram de Jaraguá para discutir o problema.
É por essa e por tantas outras que temos de questionar se há o que comemorar.
Foi só um desabafo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dia sem carro

No próximo dia 27 de Setembro de 2011 será realizado em Jaraguá do Sul, o evento dia na cidade sem carro, evento este que nasceu na europa onde é conhecida como "car free", um manifesto que objetiva a  reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso massivo do automóvel como forma de deslocamento.
A ideia é fazer com que as pessoas, nesta data, deixem o carro em casa e utilizem outros meios alternativos de transporte como ônibus, bicicleta ou até organizar caronas para seus compromissos como trabalho e escola.
Eis a fala da prefeita Cecília Konell a respeito do movimento e da situação em que se encontra o trânsito de nossa cidade: “Na verdade, deveríamos ter o hábito de fazer nossas caminhadas, mesmo porque o trânsito de Jaraguá do Sul está numa situação muito difícil de se resolver. Estamos tentando de todas as maneiras achar uma solução para isto. Por isto considero esta uma grande iniciativa para que nós olhemos para a natureza e principalmente nossa saúde. (...)” - fonte site da prefeitura.
Minhas considerações a esse respeito. 
Vamos imaginar a seguinte situação:
Como Jaraguá do Sul é uma cidade industrial a situação será de um trabalhador que precise ira ao serviço de Nereu Ramos até a Barra:
Transporte de bike, nem pensar, pense no deslocamento de Nereu Ramos para trabalhar na Barra, terá de utilizar a BR 280 que não tem nem acostamento, quanto mais ciclovia, pense se for um dia de chuva, pois nosso clima contribui para isso, logo a solução será então um meio alternativo que é o ônibus ...
É impossível se praticar esse tipo de mobilidade urbana em nossa cidade, pois esse meio de transporte é ineficiente, não é pontual, está organizado para atender as empresas e não a população de modo geral, os funcionários (motoristas) são estúpidos e grosseiros, talvez em função de seus baixos salários, algumas linhas contam com ônibus antigos, desconfortáveis, não estão ergonomicamente adequados. E o preço da passagem é uma das mais caras do Brasil, Curitiba que é exemplo desse tipo de transporte, tem a passagem que custa R$ 2,70 enquanto nós pagamos por esse serviço mal prestado a exorbitância de R$ 3,00. 
Qual a solução diante dessa situação? Caronas solidárias como acima proposto, mas deparamos com um trânsito caótico de uma cidade sem planejamento nesse setor, detalhe, a cidade conta com uma universidade que tem um curso de Arquitetura e Urbanismo ainda em andamento, e não faz parceria com essa universidade para resolver um problema tão antigo, talvez por isso esse curso fechou, não abriu novas turmas.
Quem sabe, nosso governantes ao menos nesse dia deixem seus veículos em suas casas e optem pela bike ou ônibus e assim descubram pelo que passa um contribuinte ao longo de todo o ano e resolvam as situações que se paresentam e impedem de Jaraguá do Sul ser melhor, pois se essa cidade é boa para se morar não é em função de seus governantes, tanto municipal quanto estadual, mas sim devido ao povo que aqui mora e trabalha de fato.
Portanto eu enquanto crítico desse movimento prefiro ir de carro sim, até que se resolva o que ora foi evidenciado nesse texto.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sentimento Libertário

Essa é a ideia que move aqueles que acreditam que somente o homem livre como todo, pode construir uma sociedade mais justa e solidária, pois é exatamente o que pensava Paulo Freire e em função disso ficou no exílio durante todo o tempo que nós conhecemos, era ele que defendia a Belezura do pensar certo. Que seria esse pensar certo? Respeito ao outro, respeito a liberdade de pensamento, entender que eu posso não compartilhar dos ideais do outro mas não posso impedí-lo de se pronunciar, e o que é liberdade? talvez uma definição que mais se apropriada seja de Cecília Meireles:"Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta/ não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.” As pessoas que tem esse sentimento o de liberdade sem estar preso, Dante Ramon Ledesma chama de Orelhano - aquela que pessoa que não está marcada, não tem dono, que se identifica com a paz e canta essa liberdade e verso e prosa.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Que tipo de professor você é?

 
Demissionário: Tem motivações tanto materiais como nõ-materiais bastante baixas.
Missionário: Tem motivaçõs não-materiais altas e ambições materiais baixas.
Mercenário: tem baxo nível de motivações não-materiais e alto nível de motivações materiais.
Profissional: Tem alto nível de motivações não-materiais  também um alto nível de motivações materiais.
E você? Em qual destes perfis você melhor se enquadra?