domingo, 4 de agosto de 2013

Vamos voltar as ruas?

Muitos tem se perguntado: Mas o que tá acontecendo com o Brasil? Com relação aos grandes acontecimentos, dos últimos dias. Acontecimento que já tem sido chamado de Outono Brasileiro. A realidade é o povo tá na rua. Mas por que agora? O Que foi que aconteceu
Quem quer que seja que assuma a posição de dizer: é em função disso ou daquilo, está redondamente enganado (e isso também é opinião - a minha), pois creio que temos muito que entender. Creio que a melhor atitude é a de perplexidade diante disso. Eu enquanto professor, educador, não estava a frente daqueles que estavam nas ruas, na maioria jovens. Nós estamos diante de um novo tipo de manifesto, que não segue linha nem tendência nenhuma. Não se sabe quem está a frente. Dizer que é a esquerda não é verdade, dizer que é a direitona - bobagem maior ainda uma vez que os mesmos estavam atônitos, perdidos e davam paulada pra todo lado, tentando levar o movimento em direção a diminuir os índices de aprovação de Dilma. E mais uma vez deram com os burros na água. A verdade é que estamos diante de um tipo de movimento que não se enquadra nos manuais clássicos de análise, pois não tem direção, não há organicidade, não está fundamentado em teorias, não tem bandeiras, nem carro de som. Os dois últimos grandes movimentos de massa no país foram: Diretas Já! (1984) e Fora Collor (1992) que tiveram a hegemonia da esquerda. Mas esse movimento atual até a esquerda foi pega de surpresa com o furor das ruas. E já colhemos (também me incluo) resultado, Dilma e o governo federal em junho conversou, não com partidos, centrais sindicais, ONGs ou MST, mas sim com os jovens do passe livre. Eles foram ouvidos. Daí se percebe um resultado, uma consequência das ruas movimentadas: quando o povo vai para rua é ouvido. E detalhe não foi apenas o poder constituído que se rendeu ao povo nas ruas. Mas também o segundo poder que não é institucional, mas que ao longo da história destituiu governos, e colocou outros no poder. A grande mídia, por vezes imprensa marrom, ela também se rendeu ao povo, no começo tentou criminalizar, depois percebeu que não dava pra competir com a mídia alternativa que é a internet e passou a classificá-lo como exercício da livre manifestação e da democracia
E uma cutucadinha de leve: Será que já não tá na hora de voltarmos ás ruas.
Então vamos as ruas, garanto que irei sem a empáfia de educador que sabe de tudo, vamos às ruas para aprender com essa nova forma de organização.